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Myllena

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Mylena acaba de lançar um novo álbum

Mylena acaba de lançar um novo álbum

Cantora mineira emplacou canção em novela, alugou e lotou o Cine Theatro Central de Juiz de Fora e, para completar, dá plantão em três hospitais.



Arranjos de MPB, atitude rock e alegria pop. Assim a mineira Myllena, de 30 anos, define sua música. Ela se tornou figura conhecida da cena de Juiz de Fora não só pelos shows em bares e outros espaços – berço que mostrou a força de seu trabalho –, mas por algumas proezas: alugou o Cine Theatro Central, com 2 mil lugares, para lançar o primeiro disco (independente) e conseguiu o segundo maior público do local. No momento, sua canção Quando está na novela Caras & bocas como trilha do casal Milena (Sheron Menezes) e Nicholas (Sérgio Marone). O pedido veio diretamente do diretor Jorge Fernando, depois do sucesso do clipe de Myllena no quadro “Garagem do Faustão”.

O disco Myllena, lançado pela Som Livre, apresenta a cantora e compositora ao Brasil. Fortes faixas autorais – A letra da canção, Meu jeito, Não há, Decisão e Só sei te amar – chegam entremeadas com releituras ousadas: Tô em liquidação (de Vander Lee), Apenas mais uma de amor (de Lulu Santos, com participação de Emmerson Nogueira), Senhas (Adriana Calcanhotto), É ouro para mim (Peninha) e Meu plano (Lenine e Dudu Falcão). Tudo embalado por fartas doses de pop rock em disco caprichadíssimo.

“Fiz um CD para surpreender. Sem clichês, com o tipo de música em que acredito”, afirma Myllena. “O destino conspirou para que fosse um disco envolto em paixão. Amor não está fora de moda, nem é preciso ser piegas”, completa. Trata-se do relançamento do segundo álbum dela, de 2004, com modificações no timbre de voz, nas guitarras e nos arranjos. “Cem por cento autobiográfico, ele tem repertório que me arrebata. Queria um disco forte e intenso, que não passasse batido e, quando ouvido, gerasse amor ou ódio, mas não deixasse ninguém indiferente”.

Myllena diz ter optado por um álbum sincero, sem a preocupação de agradar – inclusive porque, acredita, assim há mais chances de chegar a todos. “Para mim, música é necessidade. O ar que sai dos pulmões tem de ser musical”, afirma.



NA LUTA


A cantora e compositora teve de batalhar. Nascida em cidade pequena, sem professor de violão ou escola de música, teve de superar limites, inclusive para adquirir técnica. “Lutei contra a descrença das pessoas e até contra a minha descrença. Hoje, vejo que tudo isso foi crucial. Aprendi a dar mais valor ao que conquistei e a acreditar mais na música. Mesmo remando contra a maré, minha história me fez mais firme e feliz. Atitude rock and roll é compor canções e dar a cara a tapa, olhando as pessoas de frente”, acredita Myllena.

Motivo de satisfação: constatar que suas canções, aos poucos, saíram do círculo íntimo e começam a fazer parte da vida das pessoas. “Esse prazer é indescritível, acima de qualquer outro”, conta ela. Compor nem era prioridade, revela a admiradora de Vander Lee, Zeca Baleiro e Ana Carolina. A cantora não esconde a admiração por Elis Regina e Milton Nascimento – “ela disse que se Deus cantasse, teria a voz dele”.

Médica, até hoje Myllena continua às voltas com plantões no setor de urgência em três hospitais. “Está complicado. Às vezes, as pessoas confundem e ficam pedindo autógrafo ou para que eu cante nas horas mais impróprias”, diverte-se.


COM A PALAVRA, MYLLENA


Interior
– “Sou mineira típica. Nasci em Itajubá, meu nome é Myllena Gusmão Varginha, me criei em Carvalhos e encontrei minha terra em Juiz de Fora. Ser criada e nascida no interior foi excelente, me formou, deu forte base de valores. Ajuda a saber quem você é; não é só falar verdadeiramente, mas também não mudar quem você é. O limite é a falta de oportunidades. Em Carvalhos, não havia escola de música nem noite para tocar.”

Pop-rock
– “Uma estética feliz. Sou fanática por MPB, mas, pura demais, ela fica sisuda – há exceções, claro. Pop rock é despretensioso, não tem preocupação acadêmica e, feito de forma correta, traz muita liberdade de criação. Esse caminho mostra que você não precisa ser intelectual para compor uma canção, basta ser sincero. Como acho que, às vezes, o pop rock é um pouco pobre, faço arranjos de MPB.”

Fazer música em Minas – “É como entrar em universidade com bons professores. O mais interessante é que nossa música é mais elaborada. Você precisa de ferramentas como Milton Nascimento, Vander Lee, Clube da Esquina, Skank e tantos outros. Eles contribuem para que você tenha mais argumentos para criar. Ouvindo a obra deles, você sabe o que é conteúdo, o que é bom.”

Guitarra – “Meu instrumento de origem é o violão, mas estou começando a me dedicar à guitarra. Gosto do timbre, de guitarristas performáticos. É instrumento bonito e sexy, de grandes possibilidades. Apesar de as pessoas não falarem dele como instrumentista, Frejat é grande guitarrista. Gosto também de Steve Vai, do Slash e do Samuel Rosa.”

2 comentários:

kleber67 disse...

Bom dia! Meu nome é Kleber e minha esposa fez a compra do cd de myllena, Liberdade de ser, por 45,00 reais e qd chegou é o cd anterior da garagem do Faustão e não se encontra onde comprá-lo, vcs poderiam nos ajudar? Agradecemos a atenção!

kleber67 disse...

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