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Myllena

quinta-feira, 15 de julho de 2004

Myllena Varginha Musicista quer lançar seu primeiro CD em agosto de 2004

Myllena Varginha
Musicista quer lançar seu primeiro CD em agosto de 2004



Com um jeito aparentemente tímido, Myllena Varginha, 25 anos, chega para conversar com a equipe da ACESSA.com. Mas, logo no início da entrevista, ela se mostra pronta para contar sua trajetória de vida até os palcos.

Há três anos e meio cantando e tocando nas noites de Juiz de Fora, Myllena, que já é reconhecida nas ruas, resolveu lançar seu CD, que será um retrospecto de sua carreira. Serão 12 faixas e sua única interpretação deve ser É ouro para mim. "Fiquei muito feliz com esta música", diz Myllena.

Outra música importante, já conhecida do público é a sua composição Agora Vai. "Essa é a mais marcante. Fala de uma época na vida em que algumas coisas não estavam legais, mas que eu precisava continuar em frente e continuei", explica.

Com relação a sucesso, Myllena é pé no chão. "Eu quero ter o prazer de alguém me parar na rua para falar que ouviu minha música e que se identificou com ela. E não simplesmente para falar que minha voz é boa", fala.



Persistência


Myllena concilia duas profissões aparentemente distintas. Ela é musicista e médica. Uma de suas características, que se percebe rapidamente, é a persistência. Ela conta que a escolha pela medicina foi por achar uma profissão difícil. "Eu sou libriana e gosto de desafios. Além disso, sempre gostei de estudar", diz. 

Mas antes de pensar em vestibular, a musicista queria mesmo era aprender a tocar violão. "Sempre gostei de instrumentos de corda e o violão foi o escolhido, apesar de gostar muito de cello".

As dificuldades não abatem Myllena. "Eu não me permito. Sempre dou um jeito de fazer as coisas que quero", diz. No caso da música, para ela, mais importante que cantar era tocar. Durante esse tempo todo, só teve duas aulas de violão. Antes, o que tocava era intuitivo.

Já havia passado no vestibular para Medicina na UFJF, quando apareceu um professor de violão em sua cidade natal, Carvalhos-MG. "Era a oportunidade que eu precisava. Nunca vi um professor de música em minha cidade. Tive duas aulas e o professor sumiu", fala rindo. E passou a desenvolver sozinha o seu talento. Modestamente, ela fala que as aulas do professor é que ajudaram.



Infância


Myllena, que foi criada pela avó, diz que na família não tem ninguém que seja artista profissional, mas todos gostam de música e arte. Quando pequena, ganhou a discografia A Arca de Noé, de Vinícius de Moraes. E, aos 2 anos de idade, Myllena diz que cantava músicas de Rita Lee. "Foi minha vó quem contou!", fala rindo. 

Aos nove anos de idade, decidiu entrar para o coral da igreja. Como gostava muito de música e a cidade de Carvalhos era e é muito pequena, ela não tinha outra alternativa, senão o coral. Ficou no coro da igreja até os onze anos.

Daí para frente, vocês já sabem. Estudou para o vestibular de Medicina, fez duas aulas de violão, decidiu cantar e tocar na noite e enfatiza: "Mulher tem que ser conhecida não somente como uma cantora com ótima voz. Mulher tem que entender de música e saber tocar instrumentos", deixa seu recado.



Myllena por Myllena


Gosta muito do próprio signo, que é Libra. Diz que é um signo sedutor. Mas faz questão de deixar claro que é a sedução pelas idéias, por mostrar que gosta do que faz. E explica que não acredita nas leituras diárias de horóscopo, mas sim, nas características dos signos zodiacais. Para completar, ela sabe seu ascendente: Capricórnio. Ficou a fim de saber quais são as características deste signo? Dá um pulinho no Astral!


Ama cozinhar. É o ponto fraco dela. Mas não faz nada convencional e revela que não é muito chegada a feijão. O último cardápio que preparou foi frango com leite de coco e arroz com castanha. É bem provável que os quatro amigos que degustaram o prato peçam para repetir a dose.


Adora cinema e leitura. O primeiro livro que ganhou foi O menino Maluquinho. O último que leu (sem contar os de Medicina, que lê sem parar) foi o quinto livro da coletânea Harry Potter. Adora os livros de Gabriel Garcia Marques por ter idéias surreais. Por falar em surreal, ela é doida com os quadros de Salvador Dali, principalmente o Ascenção de Cristo. Fica a dica para presente de aniversário!


Outra coisa que adora fazer é dirigir. "Nossa, é muuuuuito bom", diz Myllena. E diz adorar Juiz de Fora, porque foi aqui que tirou a carteira de motorista e conseguiu suas duas profissões.
Por falar em profissão... Myllena diz que existem diferenças entre a Medicina e a Música e cita os horários que são incompatíveis. Às vezes, sai de um show direto para o plantão médico e vice-versa. É bolsa com roupa para cima e para baixo. Ah! As semelhanças! Segundo Myllena, os dois trabalhos exigem muita técnica, atualização constante e afloram a sensibilidade das pessoas. "Por isso, show e consultório têm que ter um astral lá em cima", explica.
 

Fonte: Site Acessa.

Repórte: Sílvia Zoche.